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Este verão tome atenção com algumas alforrecas, medusas ou mães d’água

Terça, 18 Agosto 2020
Existem possivelmente há mais de 650 milhões de anos, sendo o mais antigo grupo de animais complexos.

Não têm ossos, cérebro ou coração, têm apenas um sistema nervoso rudimentar. Embora não tendo um verdadeiro sistema nervoso central, apresentam uma rede nervosa localizada na epiderme e estruturas semelhantes a gânglios, detetando estímulos e transmitindo impulsos. Os gânglios contêm neurónios capazes de controlar a velocidade e a direção da natação, ainda que limitada. Possuem órgãos rudimentares capazes de detetar luz, odor e as vibrações transmitidas pela água.

As alforrecas são zooplâncton, ou seja animais aquáticos que vivem dispersos no oceano com pouca capacidade de locomoção, sendo basicamente arrastados pelas correntes. Muitas alforrecas têm órgãos bioluminescentes, podendo emitir uma luz. Esta luz pode ajudá-las de várias maneiras, como a atrair presas ou distrair predadores.

Das espécies que aparecem em Portugal a mais perigosa é provavelmente a Pelagia noctiluca (água-viva), caracterizada por se tornar luminescente quando se sente ameaçada e que ocorre principalmente nos arquipélagos dos Açores e Madeira e ocasionalmente no Algarve e a Physalia physalis (caravela-portuguesa), que apesar das parecenças não é uma alforreca.

Caso seja picado por uma alforreca, a primeira coisa a fazer é não entrar em pânico. As alforrecas possuem tentáculos à superfície que, após contacto, têm a capacidade de lhe injetar uma espécie de espinho, o nematocisto, que liberta uma substância tóxica no local da picada.

Deve, com cuidado, lavar a zona afetada com água do mar. Sem esfregar!

Remova os tentáculos que poderão ainda permanecer na pele, com a ajuda de uma pinça.

Se tiver sido picado por uma Caravela-Portuguesa:

Aplique vinagre e compressas de água quente! Consulte rapidamente assistência médica!

Para as restantes espécies da nossa costa:

Aplique compressas de gelo!

Poderá também aplicar bicarbonato de sódio misturado em partes iguais com água do mar!

Viu alguma alforreca? Participe na monitorização do IPMA.

Conheça algumas espécies da nossa costa AQUI.