O Conselho Municipal do Mar reuniu nesta quarta-feira, 14 de dezembro, para concertar estratégias rumo a um Mar cada vez mais cuidado.
O grupo, composto por 40 entidades, encontrou-se no auditório da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, para debater a Proposta de Estratégia para o Mar 2022-2030. Cascais conta com uma Unidade Técnica de Estratégia Municipal do Mar que conta com vários parceiros. Esta Unidade tem vindo a trabalhar o histórico de mais de 10 anos para transformar em ações, de forma a encontrar um equilíbrio na gestão da zona costeira.
O encontro serviu ainda para apresentar o projeto-piloto 3IBES, que pretende instalar um complexo recifal em frente à Boca do Inferno.
O grupo ficou ainda a par do ponto de situação do Projeto Cais de Aprestos, partilhado pela vereadora do Ambiente na Câmara Municipal de Cascais, Joana Balsemão.
Foram ainda assinados Protocolos com o Instituto Português do Direito do Mar e com o Instituto Hidrográfico para a realização de futuras ações de colaboração técnica e científica.
Unidade de Estratégia para o Mar no Ocean Hackathon
Ainda este ano, esta equipa venceu o desafio do Ocean Hackathon (ver aqui), em que participou a convite da cidade de Sausalito, na Califórnia, lançando a seguinte questão aos participantes: “Como registar em tempo real os diversos usos da zona costeira?” – em conjunto com a Sustainable Ocean Alliance e o Center for Sea Rise Solutions.
Após 48 horas de trabalho, 8 jovens vindos das mais variadas regiões do mundo apresentaram a criação de uma ferramenta de monitorização baseada num sistema de dupla entrada de informação, para criar um mapa ao longo do tempo que sinalizará os locais mais problemáticos da nossa costa. O projeto venceu e vai ser desenvolvido um modelo que irá ser testado em Cascais, e, posteriormente, poderá ser replicado para realidade de outras cidades costeiras.
O Conselho Municipal do Mar
Criado em 2019, o Conselho Municipal do Mar da Câmara Municipal de Cascais (CMC) tem como propósito a concertação e compatibilização dos diferentes procedimentos de decisão, acompanhamento, monitorização e avaliação aplicáveis.
Constitui uma oportunidade para uma melhor articulação entre as entidades competentes ao nível da administração central e local, no que respeita à proteção do meio ambiente e da biodiversidade marinha, bem como no combate e adaptação às alterações climáticas e outros fenómenos de impacto ambientais negativos.
Tem ainda como objetivo a dinamização sustentável da economia do mar de Cascais, e a salvaguarda dos usos e das atividades tradicionais, em especial daquelas que são próprias do município, de forma a salvaguardar este recurso como um valor cultural do município.