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Cascais: Todos somos Ambiente

Segunda, 7 Outubro 2019
“Não vamos falhar!” Foi o compromisso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa na Cimeira da Ação Climática na Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorreu de 20 a 27 de setembro em Nova Iorque. Cascais subscreve.

Entre os dias 20 e 27 de setembro, de Paris a Hong Kong, de Nova Iorque a Amã, de Berlim a Jacarta, de grandes cidades a pequenos centros, milhões de pessoas  manifestaram-se em defesa do planeta. Mais de 7.6 milhões de pessoas saíram à rua pelo clima, um número mundial que tornou esta ação a maior mobilização climática da história.

Os políticos também não foram exceção. No dia 23 de setembro, o secretário-geral da ONU, António Guterres reuniu na Cimeira da Ação Climática em Nova Iorque líderes de todo o mundo. Foi claro: “a Cimeira da Ação Climática não foi convocada para se fazerem discursos nem negociações, mas para se tomar medidas e assumir compromissos”.

Na cimeira, que ficou marcada por promessas dos líderes mundiais e pelo discurso comovido  e desconcertante da jovem ativista sueca Greta Thunberg, que viajou até ao encontro a bordo de um veleiro ecológico, Portugal foi o primeiro a assumir o objetivo da neutralidade carbónica em 2050 e Marcelo Rebelo de Sousa prometeu: "Nós não vamos falhar".

Cascais tem esse sentido de urgência e a perceção clara de que as AC são o desafio que vai condicionar o futuro da humanidade.

Cascais recebeu a mensagem [dos jovens que se manifestaram em todo o mundo] sabe que estão atentos, que exigem ação e medidas concretas, que almejam um aquecimento do planeta abaixo dos 1.5ºC, que querem que os decisores políticos acordem.

No seu discurso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou aos Estados para que avancem com mais planos concretos e realistas que façam com que o Acordo de Paris saia reforçado.

Para a vereadora do pelouro de Ambiente “A Comunidade Científica é perentória: Temos até 2030 para inverter a tendência negativa. A subida do nível médio do mar e os fenómenos extremos mais intensos que se perspetivam já para 2050 pode vir a afetar mais 146 mil portugueses. Nós, como comunidade ribeirinha, temos a consciência dessa urgência e, muito importante, os nossos jovens, os futuros líderes, têm essa mesma consciência.”

Tudo isso ficou claro no Manifesto dos Jovens pelo Clima, com o qual a Câmara Municipal de Cascais se comprometeu designadamente a criar uma plataforma para garantir a participação ativa e sistemática dos jovens em todas as iniciativas da autarquia no combate às alterações climáticas.

O secretário-geral das Nações Unidas foi categórico: “Tragam planos, não discursos”. E é exatamente assim que Cascais respondeu ou melhor, como sustenta a vereadora Joana Balsemão, “tem vindo a responder”: Por exemplo, assim é na Área da Educação e Sensibilização Ambiental onde a autarquia tem vinda a mobilizar jovens estudantes na adoção e consolidação das boas práticas ambientais. Assim é com o Programa de Educação e Sensibilização Ambiental da Câmara Municipal de Cascais (PESA), que já decorre há mais de 10 anos para a comunidade escolar. Desde o seu início, 2007, já conseguiu abranger 238 mil alunos, com a realização de 6072 atividades de apoio curricular, oficinas de ambiente, passeios de natureza, concursos e atividades de valorização curricular que perfazem 10890 horas de formação.

Também no plano de ação para a adaptação às alterações climáticas, Cascais desenhou o primeiro plano de ação a nível nacional e um dos primeiros da Europa para a ação climática: Definiu um programa com vista a alcançar a resiliência do concelho até 2030 que inclui oito ações de formação que abrangeram, até ao momento, 600 técnicos e profissionais de vários sectores; mais de 15 Ações de sensibilização e comunicação que abrangeram, até ao momento, 30 000 pessoas, incluindo residentes e turistas.

Cascais foi o primeiro município português a abraçar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com um processo de localização e estratégia de sustentabilidade 2030.

Ao nível da Energia Cascais é também o primeiro município português a definir um roteiro para a neutralidade carbónica em 2050. Pretende-se definir uma estratégia que valorize simultaneamente o território e a eficiência energética para neutralizar todas as emissões contabilizadas no concelho. Com esta estratégia o município pretende valorizar as fontes de energia renovável, apoiar as famílias na transição energética e reduzir as emissões. Por exemplo, decorre, em consórcio europeu, o desenvolvimento da ferramenta THERMOS em freeware e open source com vista a estudar a viabilidade de climatização de edifícios de forma a reduzir os custos das famílias e as emissões.

A Câmara Municipal de Cascais está a trabalhar para tornar os eventos que decorrem no Município mais sustentáveis. Através de um trabalho próximo com os vários intervenientes dos eventos – promotores, patrocinadores, fornecedores e público – será criado o Regulamento de Eventos Sustentáveis que, a partir de 2020, irá impor um conjunto de regras a cumprir em todos os eventos realizados em Cascais.