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Estamos a plantar algas de Kelp

Terça, 22 Julho 2025
Cascais apoia a recuperação de habitats e resiliência dos ecossistemas marinhos

Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e contêm 97% de toda a água do planeta albergando ecossistemas únicos. A devastação de habitats tão importantes como as Florestas Marinhas seria o equivalente à devastação das Florestas Tropicais, causando um impacto ainda maior nas diversas espécies que usam e dependem deste habitat. Em Cascais, este habitat já foi muito abundante, mas nos últimos 20/30 anos tem vindo a diminuir abruptamente. Esta tendência é verificada a nível mundial e devido a estes registos, na última reunião em Cascais da Comissão OSPAR (cujo objetivo é a proteção do meio marinho do Atlântico Nordeste) o habitat “florestas de Kelp” foi classificado como um dos mais ameaçado na região, sendo alavancadas medidas de gestão próprias.

Ciente desta importância para a saúde dos Oceanos a Câmara Municipal de Cascais encontra-se a encetar esforços para a recuperação das Florestas Marinhas de Cascais. Relembrando a importância dos Oceanos no nosso quotidiano enquanto “pulmões do planeta” uma vez que as algas marinhas e o fitoplâncton produzem mais de 50% de todo o Oxigénio da Terra e absorvem cerca de 30% do dióxido de carbono.

O Projeto de Recuperação de Florestas Marinhas em Cascais está inserido na Estratégia Municipal para o Mar. Esta estratégia local visa o desenvolvimento sustentável das atividades económicas associadas à atividade marítima, promovendo igualmente a biodiversidade marinha e a conservação do seu património histórico. Estes objetivos são suportados por um vasto conhecimento científico, sendo as decisões estratégicas e o consequente desenvolvimento de projetos operacionais dependentes deste conhecimento, angariado pelo Município com os seus vários parceiros.

Na passa terça-feira, dia 15 de julho, iniciou-se mais uma fase do Projeto Florestas Marinhas de Cascais, com o transplante de algas kelp produzidas e transplantadas pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve. Além do transplante de algas, a campanha que decorre esta semana no mar de Cascais, inclui a monitorização das áreas intervencionadas em anos anteriores, reforçando a abordagem científica e sistemática da iniciativa. Além dos investigadores, esta campanha conta com o apoio operacional do Clube de Mergulho do Clube Naval de Cascais assim como das equipas técnicas da CMC (Divisão de Cultura e Unidade da Estratégia Municipal para o Mar).

O objetivo é restabelecer um hectare de floresta marinha até 2030, no âmbito do Kelp Forest Challenge, movimento global promovido pela Kelp Forest Aliance, ao qual Cascais aderiu e que visa proteger e restaurar quatro milhões de hectares de habitat kelp até 2040.

Este investimento no Capital Natural irá ter retorno a nível dos vários serviços de ecossistemas no Mar de Cascais como por exemplo: alimentação, recreio e lazer, fruição e muitos outros ainda não identificados e que irão beneficiar as gerações vindouras, como por exemplo aplicações na medicina e na farmacêutica. Desta forma, é um investimento para o Futuro.