Nasce na Serra de Sintra e desagua bem no centro de Cascais. A Ribeira das Vinhas, bem conhecida por quem utiliza o trilho que liga Alvide a Cascais, atravessa parte do centro da vila debaixo do solo, desde as traseiras do Mercado da Vila até à Baía. Um curso de água que foi encanado nos anos 30 do século XX para a construção da Marginal, e que, desde as cheias de 1983 é monitorizado regularmente.
“A Ribeira das Vinhas é responsável por cheias muito complicadas e graves na baixa de Cascais”, explica Joana Balsemão, vereadora do Ambiente na Câmara Municipal de Cascais . A responsável separa as duas frentes a que é preciso ter mais atenção: “uma a montante, na serra, onde vamos tentar reter e infiltrar o máximo de água para que não chegue ao túnel em tanta quantidade”; outra, a jusante, que abrange a estrutura do túnel que hoje foi visitado pelas equipas técnicas.
Para se ter uma melhor compreensão da importância ter este túnel sempre em boas condições, Joana Balsemão ilustra com dados comparativos: “Este túnel comporta, em regime normal, 23 metros cúbicos de água por segundo. Na cheia dos 100 anos, que é um cenário muito extremo, foram registados 180 metros cúbicos por segundo”.
A visita técnica contou com uma equipa coordenada pelo Serviço de Proteção Civil, Departamento de Intervenção Territorial, Águas de Cascais e Departamento de Ambiente e Mar que percorreu os cerca de 600 metros do túnel.
“As condições gerais estão boas. Foram identificados alguns constrangimentos, como a acumulação de areia, própria das chuvadas que têm vindo a acontecer e precisa de alguns trabalhos de reparação, mas coisas ligeiras,” revelou António Veloso, Chefe de Divisão de Planeamento e Operações, após a visita.
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