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Recolha de Biorresíduos em sacos óticos expande-se a todo o concelho

Sexta, 22 Julho 2022
Os restos de comida também têm valor

Sabia que os restos de cada refeição que prepara podem ser valorizados? Em média, em Portugal, cada cidadão produz 250 quilos de biorresíduos por ano, restos de comida, alimentos que passaram da validade, restos de preparação de legumes ou fruta, os quais, na sua maioria, são desperdiçados indo para aterro quando podem ser transformados em energia elétrica ou composto orgânico para solos pobres. A partir de agora todos os munícipes do concelho vão ser chamados a participar.

O processo
Antecipando prazos, pois a partir de 2023, a recolha seletiva de biorresíduos (restos de comida) vai ser obrigatória na Europa, lançamos em 2018, o projeto-piloto “Separe Mais & Transforme Melhor”. Ainda pioneiro em Portugal, este projeto veio simplificar o trabalho dos cidadãos, sem aumentar os custos na recolha de resíduos. Aderiram à experiência 500 famílias da freguesia de Carcavelos/Parede as quais, até hoje continuam a fazer a separação de biorresíduos, pelo que os resultados são muito animadores. Alargado em 2020 a 5000 famílias igualmente com bons resultados, o projeto vai agora “dar o salto” para todos os lares do concelho.

Tal como as famílias da fase piloto, todas as outras vão receber um contentor castanho para pôr na cozinha, sacos verdes e um folheto informativo. Para este contentor especial devem ir apenas restos de comida. Quando o saco verde estiver cheio, deve ser fechado e colocado no contentor cinzento da rua, o mesmo dos resíduos indiferenciados. Os camiões da Cascais Ambiente recolhem todos os resíduos em conjunto, mas os sacos verdes (óticos) são triados na TRATOLIXO através de um leitor ótico permitindo valorizar todo o seu conteúdo e dar uma nova vida a estes resíduos.

Para onde seguem os sacos verdes?
Os biorresíduos são encaminhados para a Central de Digestão Anaeróbia do Ecoparque da Abrunheira, em Mafra, e submetidos a um processo de decomposição sem a presença de oxigénio (digestão anaeróbia), que origina o biogás e o composto.

Quando vou receber o kit Biorresíduos?
A previsão é ter a recolha de biorresíduos alargada a todo o território de Cascais durante o ano de 2023. A expansão a todo o concelho vai ser progressiva, de forma a consolidar os resultados junto da população. Passo a passo, as equipas municipais vão contactar com residentes nas zonas contíguas àquelas onde atualmente tem existe esta recolha. É o caso das zonas densamente povoadas como Sassoeiros, São Domingos de Rana, Carcavelos, Parede.

Que benefícios traz este projeto? 
Atualmente, tratar os nossos resíduos exige um custo de 64 cêntimos per capita pormês, ou seja 7,7 euros ano por pessoa. Com a expansão do sistema, aos 214 mil habitantes de Cascais, e graças à valorização dos Biorresíduos, prevê-se uma redução de custos para cinco euros per capita por ano. O alargamento deste modelo a todo o concelho de Cascais conta com o financiamento do programa POSEUR" - fundo que visa apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono. Quanto ao retorno do investimento, Joana Balsemão disse acreditar que o município pode vir a recuperar quase 90% "por via do tratamento em alta e da Taxa de Gestão de resíduos (TGR) paga à Agência Portuguesa do Ambiente".