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Que paisagem queremos para os próximos 20 anos?

Sexta, 26 Julho 2019
Cascais tem investido uma enorme quantidade de energia e recursos na defesa da sua floresta. O modelo integrado de coordenação de forças de Proteção Civil, ao que se soma uma prioridade absoluta na proteção da floresta, em especial do Parque Natural, é uma referência para Governo Central, Autarquias e Forças de Segurança. Contudo, a nossa segurança coletiva nunca pode ser dada como adquirida. Exige um esforço constante. Porque constantes são as ameaças.

Para combater mais eficazmente todas essas ameaças, o concelho precisa de todos os cidadãos. Cascais convida, assim, todos os moradores e proprietários de terrenos concelhios em área do Parque Natural de Sintra-Cascais a comparecer na Sessão Pública de Participação e Esclarecimento dia 2 de agosto, às 18h00, na União Recreativa da Charneca

Objetivo: conhecer o trabalho realizado após o incêndio de outubro de 2018 e definir a estratégia de preservação e defesa do nosso Parque Natural para os próximos 20 anos.

Logo nessa altura, em outubro do ano passado, a Câmara Municipal de Cascais pôs em prática um conjunto de medidas de emergência para a restauração ecológica da área afetada. Mobilizou milhares de voluntários que procederam à limpeza da zona ardida. Desenvolveu e está a aplicar, através da Cascais Ambiente, em colaboração com a Autoridade Gestão para os Incêndios Florestais e o Instituto Superior de Agronomia, o Plano de Paisagem de Cascais a cinco anos.

O esforço de cidadania foi decisivo. Mas precisamos de ir mais longe. Com o envolvimento todos os proprietários e moradores, Cascais quer ir além do importante trabalho de prevenção realizado ao longo do ano. Quer melhorar o ordenamento do território através da criação de uma ZIF – Zona de Intervenção Florestal. Em forma de “mosaico”, este processo de ordenamento do território vai conferir maior resiliência à paisagem e segurança às comunidades locais e visitantes, facilitando a vigilância e o combate a incêndios.  

Para quê? Com a ZIF pretende-se ainda promover a dinamização do território, através de uma gestão integrada e mais efetiva da propriedade face à escala, possibilitando, por exemplo, a captação de fundos de apoio. 

Como fazer parte? Aos proprietários de terrenos e moradores em área florestal é solicitada a presença na reunião de apresentação de 2 de agosto. Todo o processo de constituição e modelo de gestão da ZIF será devidamente explicado, bem como o modelo de parceria na gestão do conjunto das propriedades para proteção de pessoas e património natural. Estão prevista mais duas sessões para os dias 2 e 3 de setembro de 2019 em local e horário a definir.

O que é uma Zona de Intervenção Florestal e para que serve?
As Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) são áreas territoriais contínuas e delimitadas constituídas maioritariamente por espaços florestais, submetidas a um Plano de Gestão Florestal (PGF) e a um Plano Específico de Intervenção Florestal (PEIF) e geridas por uma única entidade.
Objetivos:
a)Garantir uma adequada e eficiente gestão dos espaços florestais, com a atribuição concreta de responsabilidades;
b) Ultrapassar os bloqueios fundamentais à intervenção florestal, nomeadamente a estrutura da propriedade privada, em particular nas regiões de minifúndio;
c) Infraestruturar o território, tornando-o mais resiliente aos incêndios florestais, garantindo a sobrevivência dos investimentos e do património constituído;
d) Conferir coerência territorial à intervenção nos espaços florestais e evitar a pulverização no território das ações e dos recursos financeiros;
e) Concretizar territorialmente as orientações constantes na Estratégia Nacional para as Florestas, nos instrumentos de planeamento de nível superior, PNacDFCI, PRegOF, PDM, PMDFCI, POPNS-C;
f) Integrar as diferentes vertentes da política para os espaços florestais, designadamente a gestão dos espaços florestais, conservação da natureza e da biodiversidade, conservação e proteção do solo e dos recursos hídricos, desenvolvimento rural e proteção civil.
g) O proprietário, para além de ter a sua propriedade “gerida”, pode auferir de receita derivada da exploração da ZIF nomeadamente, mel, pastorícia, aromáticas, cogumelos e madeiras nobres.

Para mais informações por favor consulte: http://www2.icnf.pt/portal/icnf/faqs/zif

DIA 2 DE AGOSTO, CONTAMOS CONSIGO. O PARQUE É NOSSO!