A Estufa do Parque Marechal Carmona foi o local escolhido para a entrega de 90 diplomas a novos hortelãos que receberam formação ministrada pelos técnicos da Cascais Ambiente, transmitindo-lhes conhecimentos, teóricos e práticos em técnicas de cultivo biológico e autossuficiência alimentar.
Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia, destacou a importância deste programa, “Terras de Cascais”, que surgiu em 2009 com a criação das primeiras hortas comunitárias. Para o autarca é fundamental a função “pedagógica para os mais novos” e “agregadora” entre as várias gerações e as várias condições sociais, desta agricultura biológica e urbana: “Os mais novos ficam a saber de onde vêm as batatas, as couves, como se plantam, como se tratam e como se colhem”, alertando para esse papel pedagógico do tempo de horticultar, criando momentos de pausa na relação dos mais jovens com a realidade virtual e o sedentarismo que lhe está associado.
Nuno Piteira Lopes lembrou também o papel “agregador das hortas, quer no plano social quer geracional”. Mas há, como referiria, outras vantagens deste programa que conta já com 30 hortas comunitárias que envolvem perto de um milhar de horticultores, mas também mais de 2000 em lista de espera, o que espelha bem o sucesso do projeto. Desde logo o efeito que uma horta pode resultar na qualidade de vida, introduzindo um elemento natural num espaço urbano, mas também a relação entre vizinhos, introduzindo nas suas vidas um novo elemento identitário.
Refira-se que, para além das hortas comunitárias, este programa “Terras de Cascais”, da Cascais Ambiente, desenvolveu hortas associativas, hortas de produção e de integração social, hortas nas escolas, pomares comunitários, vinhas comunitárias e uma vinha de grande escala para a produção de vinho de Carcavelos - a Vinha do Mosteiro de Santa Maria do Mar.