Conhecer e proteger o património natural do país. Esta é a missão da equipa que está a participar na Expedição Oceano Azul, que decorre ao largo da costa de Cascais, Sintra e Mafra entre os dias 1 e 12 de outubro. O objetivo é conhecer melhor estas zonas, de forma a melhorar estratégias para reponder às políticas nacionais, europeias e internacionais de proteção e gestão sustentável do oceano.
A bordo do navio de Santa Maria Manuela há uma vasta equipa a recolher informação, amostras e imagens para caracterização da biodiversidade e habitats marinhos da zona.
“Um imprescindível levantamento dos valores naturais da região e que fornecerá uma avaliação global da sua biodiversidade marinha,” salienta a Fundação Oceano Azul.
Com recurso a mergulho científico e a várias tecnologias como drones, sistemas de câmaras de vídeo subaquáticos iscadas (BRUV – Baited Remote Underwater Video) e um ROV (Remotely Operated Vehicle), será possível aceder a zonas que, até hoje, têm sido muito pouco estudadas. Adicionalmente, será caracterizada, em terra, a biodiversidade da zona entre marés (zona intertidal). Com os dados e imagens recolhidos, será produzido um relatório científico, que contribuirá para o diagnóstico do estado de saúde e valor científico e ecológico desta região do país. Utilizando essa informação, será possível proteger e gerir de forma sustentável os valores naturais e recursos marinhos.
A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal de Cascais, Câmara Municipal de Mafra, Câmara Municipal de Sintra e Fundação Oceano Azul, com o apoio do Ministério da Economia e do Mar e do Ministério do Ambiente e Ação Climática.
Conta ainda com o envolvimento de instituições científicas como o MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (pólos ISPA, IPLeiria, ULisboa, UÉvora e Madeira), o CCMAR - Centro de Ciências do Mar, o CESAM - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, a SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves , o IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o IH - Instituto Hidrográfico.
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Sobre a expedição:
Ao longo de duas semanas, esta expedição científica, liderada por Emanuel Gonçalves, responsável científico e administrador da Fundação Oceano Azul, e Henrique Cabral, biólogo e investigador no Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation et l’Environnement (INRAE), recolherá informação, amostras e imagens para a caracterização da biodiversidade e habitats marinhos da zona. Com os dados e imagens recolhidos, será produzido um relatório científico, que contribuirá para o diagnóstico do estado de saúde e valor científico e ecológico desta região do país.
A par do Relatório Científico, será produzido também um documentário da expedição.
> Promotores: Câmara Municipal de Cascais, Câmara Municipal de Mafra, Câmara Municipal de Sintra e Fundação Oceano Azul, com o apoio do Ministério da Economia e do Mar e Ministério do Ambiente e Ação Climática.
> Coordenação científica: Fundação Oceano Azul
> Equipa científica: Fundação Oceano Azul, MARE, CCMAR, CESAM, SPEA, IPMA e IH.
Sobre a Fundação Oceano Azul
A Fundação Oceano Azul foi criada em 2017, com a motivação de contribuir para um oceano mais saudável e produtivo. Sob o mote “From the ocean’s point of view”, a Fundação trabalha três conceitos: blue generation, blue natural capital e blue network. Com uma abordagem assente na ciência, o modelo de mudança da Fundação Oceano Azul integra estes conceitos nos projetos que desenvolve em diferentes áreas como literacia, conservação, pesca sustentável, campanhas de sensibilização, economia azul e capacitação, nomeadamente trabalhando com governos, fundações e organizações da sociedade civil, ONU e UE, para fazer avançar a agenda internacional dedicada ao oceano.