“O Oceanário não está só em Lisboa” é a mais recente exposição instalada no Paredão Cascais-Estoril que pretende dar a conhecer os projetos de conservação apoiados pelo Oceanário de Lisboa em todo o mundo. E não é só uma exposição, conta com diversas iniciativas lúdico-pedagógicas de sensibilização para a necessidade de conservação do oceano e que já permitiu a visita de 3.000 alunos.
Durante a manhã realizou-se mais uma destas iniciativas com alunos do 3.º ano da Escola Básica do Primeiro Ciclo de Manique e contou com a presença de Joana Balsemão, vereadora do pelouro do Ambiente, técnicos da autarquia e dos responsáveis pela exposição. “Esta última exposição vem fechar a época balnear em Cascais”, explica a vereadora, para quem a mostra sobre o Oceanário “tem um papel fundamental no aumento de conhecimento daquilo que nos rodeia, sensibilizando-nos para o papel que cada um de nós pode exercer na proteção dos ecossistemas marinhos”.
O que há para ver?
A visita guiada começa com uma oficina para conhecimento de algumas espécies marinhas emblemáticas e das suas ameaças. É exemplo o cavalo-marinho, o ícone da nossa Ria Formosa, que pelas suas características (por exemplo, são os machos a engravidar), tornam estes peixes dos mais fascinantes. Esta espécie é alvo de um projeto de conservação que o Oceanário de Lisboa tem vindo a colaborar através de financiamento.
“O Oceanário de Lisboa atingiu recentemente 25 milhões de visitantes. Mas também há mais de 20 anos que tem vindo a apoiar projetos que contribuem para a proteção da biodiversidade marinha. E esta exposição é a primeira fora de portas com a oportunidade de mostrar que o Oceanário é mais do que um aquário”, refere Teresa Pina, responsável pelo Serviço Educativo que hoje acompanhou a visita. Da praia das Avencas ao Brasil, passando pelas Canárias e São Tomé é a rota do Oceanário pela conservação da natureza.
Desde 2017, o ano em que foi lançado o Fundo para a Conservação dos Oceanos, conjuntamente com a Fundação Oceano Azul, “o Oceanário tem vindo a contribuir com valores entre 100.000 e 150.000 euros em projetos inéditos, que ajudam de forma decisiva para a conservação de espécies ameaçadas e da biodiversidade marinha em geral”, explica Vasco Rodrigues, responsável pela área da Conservação do Oceanário de Lisboa, a propósito dos dois tipos de mecanismos de financiamento que o Oceanário disponibiliza.
Durante o verão de 2019, o Paredão Cascais-Estoril encheu-se de quatro exposições mais interativas, realizando paralelamente atividades e jogos que permitiram registar cerca de 8.600 participantes. (SS)