Chegaram no comboio das 10h13 ao Cais Sodré, mas pelas 10h30 já os alunos da Escola da Cidadela se tinham juntado a todos os outros estudantes que cobriam a praça Luís de Camões, em Lisboa. O motivo era só um, manifestar a sua preocupação pela falta de ação das gerações mais velhas em prol do meio ambiente.
Do topo da praça ao início da Rua do Alecrim, eram milhares os jovens que se podiam observar de cartaz em punho e prontos para demonstrar o seu desagrado pela inércia global face às questões do ambiente. O itinerário ainda podia ser longo, mas por volta das 11h00 já os estudantes, e não só, porque vários pais levavam crianças pequenas pela mão, caminhavam em direção à Assembleia da República, pela Calçada do Combro, gritando em alto e bom som que “Não há Planeta B”. Na frente, a primeira fila de estudantes mostrava uma faixa com as razões que os levaram até ali: “A terra esgotou a sua paciência e nós também.”
“Viemos protestar contra as alterações climáticas. A nossa turma decidiu participar porque é uma causa que nos diz muito: é a nossa geração e as gerações futuras que vão sofrer com estas alterações”, salientou Maria Inês Pinto, aluna da Escola da Cidadela.
Na Escola da Cidadela já há vários estudantes a contribuir para a recuperação do meio ambiente conforme referiu a aluna: “Na nossa escola temos o Clube Terra Verde (CTV) onde somos responsáveis por limpar os caixotes do lixo e levar o lixo para a reciclagem. Fazemos várias visitas de estudo onde ajudamos a limpar as praias”, acrescentando ainda que, “a Câmara de Cascais ajuda muito o ambiente, há vários projetos, como a Maré Viva, onde também fazem a limpeza das praias”.
Margarida Diniz, foi uma das professoras que acompanhou a turma de 9º A até Lisboa, para a professora: “Temos de mudar a nossa vida para que o ambiente não se converta num mar de plástico. Cascais já tem feito muito, mas todos juntos conseguimos fazer ainda mais”, salientando ainda que a autarquia “foi das primeiras câmaras a banir o plástico e a tentar fazer com que as escolas, desde as pré-primárias às secundárias, fizessem o mesmo. Eu agradeço muito por isso também”.
Visivelmente preocupados com o ambiente, os jovens manifestaram-se em frente da Assembleia da República, onde no fim da escadaria se fizeram ouvir perante os órgãos que têm o poder de fazer alguma coisa para combater as consequências das alterações climáticas que temos vindo a assistir.
Cascais dá a sua resposta já na próxima sexta-feira, 22 de março. Durante a Semana do Ambiente de Cascais, o auditório da Casa de Histórias Paula Rego vai abrir as suas portas aos jovens, para que, em conjunto com a autarquia, possam construir o Manifesto de Ação para as Alterações Climáticas.
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