
A proliferação da alga invasora Rugulopteryx okamurae no litoral tem vindo a causar um grande impacto ambiental, económico e social nas zonas balneares de Cascais, principalmente nas praias mais afetadas: Moitas, Poça e Azarujinha.
Para limpar e remover esta alga, detetada em 2024, a autarquia tem realizado diversos esforços, no entanto, deviso à sua capacidade de propagação, continua a ser necessário realizar trabalhos diários de limpeza e remoção desta alga invasora nas praias mais afetadas. Desde junho de 2024 até julho de 2025, a Câmara Municipal de Cascais e a Cascais Ambiente já recolheram mais de 2370 toneladas de alga Rugulopteryx okamurae na costa de Cascais. Já desde o início da Época Balnear de 2025, a 1 de maio, o município investiu mais de 60 mil euros em equipamentos que apoiam a remoção diária destas algas nas três praias mais afetadas: Moitas, Poça e Azarujinha. Estas limpezas contam também com o apoio de voluntários do programa Maré Viva, associações locais e concessionários.
“Cascais tem sido um dos municípios mais ativos na mobilização de soluções nacionais. Vemos com bons olhos o anúncio da Estratégia Nacional para a Gestão da Rugulopteryx okamurae,” salientou Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
Para atuar de forma concertada face a esta espécie invasora, a autarquia desenvolveu o Plano de Gestão e Monitorização Rugulopteryx okamurae, integrado na Estratégia Municipal para o Mar de Cascais que está em curso desde 2021, contribuindo assim para uma resposta articulada, sistemática e inovadora. Tanto esta Estratégia como este Plano, contam com o apoio de entidades públicas, académicas, ONG, empresas e especialistas da área que integram o Conselho Municipal para o Mar de Cascais.
O Plano de Gestão e Monitorização Rugulopteryx okamurae já foi apresentado à APA, ICNF e IPMA, expondo um variado número de projetos piloto que têm o objetivo de minimizar os impactos ambientais e económicos desta alga invasora, monitorizar a dispersão da espécie nas águas costeiras de Cascais e avaliar a relação entre a qualidade das águas balneares e a densidade de Rugulopteryx okamurae nas águas balneares.
O município conta ainda com a campanha de ciência-cidadã “Viu algas, onde?”, que pretende criar uma base de dados local para avistamentos, na praia e no mar (subaquáticos), durante todo o ano e não apenas na época balnear.
Além da monitorização, limpeza e recolha destas algas invasoras, a autarquia está a trabalhar com parceiros científicos e empresariais para a sua reutilização, o que permite valorizar a biomassa recolhida, seja para compostagem para uso agrícola ou para o estudo de novas aplicações com potencial económico e ambiental. Uma iniciativa possível através de parcerias com o Instituto Superior de Agronomia, a start-up OffKelp e a Vivid Farms.
Acompanhe a ação da Câmara Municipal de Cascais face a esta alga invasora AQUI